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  • Foto do escritorAna Wey

MÚSICA: ARTE SUBLIME



A música, é a arte das artes... A arte do sublime, da representação e do espetáculo. Considerada como a linguagem universal da humanidade, desde seus primórdios, e no decorrer da história, a música tem servido para diversas finalidades: louvar os deuses, exaltar autoridades, lutar, enaltecer, celebrar, encantar, sepultar, embalar, dançar, entre tantos outros fins.

Considerada uma das tantas inteligências humanas, pode promover o equilíbrio e nos elevar a um estado de bem estar, facilitando também nossa concentração, desenvolvendo assim nossa mente.

A música está em toda parte: nos rituais, nas cerimônias religiosas, nas festividades. Em momentos de vida e de morte. Possui um grande poder de interação e socialização, sendo desde cedo, relevante em nossas vidas. Doses de emoção, alegria e tristeza, podem ser experienciadas através dessa linguagem estética. Toda essa experiência, carregada de sentidos e significados, pode ser ampliada através da contemplação de apresentações como; orquestras sinfônicas, óperas, ballet, etc.

Essa incrível linguagem, construída culturalmente, é extremamente importante na comunicação e expressão humanas e faz parte de nosso universo sonoro, desde muito cedo. Você já parou para pensar que os bebês, ainda no ventre materno, são expostos a ela, bem como a reconhecem posteriormente?

Mas o que é mesmo essa linguagem incrível? Como defini-la?


Bem, música não é apenas a combinação de ritmo, harmonia e melodia; com sonoridade e afinação, como tecnicamente costuma ser descrita. Mas, é também a habilidade e a capacidade de sentir com a mente e com o coração!

Tomados desse pressuposto, podemos nos deleitar, pois existe um número incontável de nomes e estilos excelentes, que marcaram gerações. Constantemente surgem novas tendências musicais, bem como nomes e estilos, que despontam na música produzida mundialmente. Quando pensamos especificamente na música brasileira, rapidamente podemos rememorar como nossa maneira criativa e o modo de produção cultural brasileiro, já influenciou gerações dentro e fora do Brasil; com destaque para a Bossa Nova e o Samba.

Nosso país, é conhecido pelo samba, pelo gingado e por uma malemolência, que demonstram como a musicalidade é algo muito presente em nossa cultura. Esse conceito de musicalidade, traz a notável capacidade de interpretação de muitos artistas que ao agregarem à técnica um componente intuitivo, se tornaram referência nacional e internacional.

Mas, por quais influências a música brasileira passou?

Nossa música brasileira, surgiu da junção de elementos trazidos por colonizadores, colonizados indígenas. Atribui-se aos padres jesuítas as manifestações iniciais da música, mas na verdade os indígenas já produziam música, muito antes disso. José de Anchieta, através dos belíssimos cantos gregorianos, disse que se atrevia a atrair para si, todos os índios da América!

Apesar da música ter servindo a propósitos religiosos, não se pode negar a beleza dos cantos gregorianos! Se você nunca os escutou, eu recomendo fortemente! Mas, a música ganhou mesmo popularidade mais tarde, por volta do século XVII através de manifestações culturais africanas, somado à chegada dos imigrantes brasileiros, nos séculos XIX e XX, trazendo para o Brasil, uma bagagem riquíssima de ritmos, que ampliaram ainda mais nossa produção. A música portanto, é uma forma de expressão artística tanto no campo popular como erudito. Muitas comunidades e faixa etárias são identificadas pelo tipo de música que escutam, marcando assim, o quanto a música também contribui para a busca e construção de identidade. Favorecer a diversidade de experiências é uma oportunidade que não devemos negar a nós mesmo. Pois, em nossa subjetividade, no exercício de sermos indivíduos plenos, existe também a possibilidade de assumirmos nossa identidade cultural.

Ampliar nosso universo musical favorecerá o desenvolvimento pelo gosto cultural, podendo promover a expressão pessoal e coletiva, através dessa linguagem. Como educadora, defendo a ideia de que o processo de musicalização deve alcançar a todos, de modo que se desenvolvam esquemas para a absorção dessa manifestação cultural transnacional, que partilha de uma raiz comum, independentemente das diferenças entre culturas e civilizações. Qualquer cultura humana é construída a partir de uma base psicológica comum o que certamente influencia criações musicais. Para Samuel Mehr existe uma gramática da música; ou seja, existe uma base comum na música composta e escutada; independente do ponto geográfico!


Sendo assim, sugiro que você ouse a se aventurar nesse universo fenomenal e descubra, ouça, cante e/ou produza música; assim como fizeram os queridos Erasmo Carlos e Gal Costa, que apesar da ausência física, seguirão ecoando por muitas e muitas gerações!


“A música está associada a comportamentos como cuidar, curar, dançar, amar (e outros como fazer o luto e lutar) e esses comportamentos não são assim tão diferentes de sociedade para sociedade. Analisando canções de embalar, para dançar, canções de amor, em particular, percebemos que partilham de especificidades” - Samuel Mehr
 

Ana Wey, mudou-se para Bangkok com o marido e os filhos em agosto de 2019 depois de passar uns anos no Vietnã. Ana tem pós graduação em Educação Infantil e atualmente cursa MBA em Educação. Ela é especializada na alfabetização da Língua Portuguesa para crianças e adultos.

Além disso tem como paixão a culinária, a leitura e uma sede de aprender coisas novas que a faz estar sempre em busca de novos desafios.


Membro da BTCC Social desde 2020



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