Dia do Músico

Fabio Siqueira Sales Oliveira (Fabão)
Natural de São Paulo, residente na Tailândia há mais de 8 anos.

Tiago Feitoza de Souza
Natural de Campos Sales - Ceara,vive na Tailândia há quase 3 anos.
Especial do mês
Em homenagem ao dia do músico temos nessa edição duas entrevistas com músicos brasileiros, conhecidos na nossa comunidade, que moram e trabalham aqui na Tailândia e nos contam um pouco de suas trajetorias pelo caminho da música.
Quando você decidiu que iria morar na Tailândia? Como foi a chegada ao país?
Fabão.
Vim de férias em Outubro de 2013 e resolvi que em 1 ano eu mudaria pra Bangkok.
Tiago.
Na verdade eu sempre vim para a Tailândia todos os anos, desde 2012. Porém, quando começou a pandemia eu morava na china, desesperado por causa do que estava acontecendo e como nos protegermos. Não tínhamos muitas informações, não sabíamos como nos proteger e a única solução foi vir para a Tailândia e esperar a pandemia acabar. Quando eu cheguei, foi bem no período de lockdown. A china fechou as fronteiras impossibilitando de qualquer pessoa voltar para lá. E quando chegou no sexto mês, morando na Tailândia, eu decidir ficar por aqui, mesmo com a toda dificuldade de trabalho, por causa do lockdown.
Quando você decidiu ser músico? O que te levou a essa profissão?
Fabão.
Aos 14 toquei num bar pela primeira vez. A sensação de estar num palco foi incrível. A partir dali, o meu foco foi estudar e tocar sempre.
Tiago.
Na minha família, todos são músicos: pai, mãe, irmã e irmão. Todos gostam de música, e como eu fui criado assim, nao seria diferente. A música fez a minha família crescer com felicidade, e acreditando em mundo melhor. Eu desde pequeno decidi ser musico. Estudei bastante, toquei com vários artistas, vários estilos. Então, eu vejo que foi um casamento desde pequeno. A música me escolheu e eu escolhi a música, para a vida toda.
Quais dicas você daria para quem quer seguir uma carreira em música?
Fabão.
Estude muito, estude muito e estude muito.
Tiago.
Talento e dedicação: estes são dois quesitos essenciais na carreira musical. Ser apaixonado por música, precisa ter bom ouvido, habilidade manual, ser perfeccionista, gostar de pesquisar, trabalhar em equipe, e ter disposição para estudar e praticar bastante. Acreditar, persistência e ter fé.
Como é trabalhar como músico na Tailândia?
Fabão.
Não é fácil. A valorização do músico ainda tem que melhorar muito.
Tiago.
Quem for músico eclitico, realmente irá gostar de trabalhar na Tailândia, pois é um lugar que você conhece pessoas que tocam muitos estilos diferentes. O músico que gosta dessa experiência, com certeza irá tocar toda semana Jazz, irish music, música latina, música brasileira, Gypsy, rock, funk, pop music, e por aí vai. Por isso que eu me sinto bem aqui, porque pra mim, cada dia é um estilo novo para tocar, e isso não faz com que eu me sinta numa rotina.
Quais são as suas inspirações?
Fabão.
Meu pai, Jobim e Baden Powell.
Tiago.
Primeiramente os meus pais, que sempre serão a minha inspiração, que me ensinaram o valor da vida. E minha inspiração pela música é o Rafael Y Castro, O melhor percussionista que eu já vi tocar em toda a minha vida. Ele foi o meu primeiro professor de música, acreditou no meu potencial, me ajudou bastante a entender, e ser um músico diferenciado.
Quais são os seus planos para o futuro? Quais sonhos gostaria de ver realizados?
Fabão.
Voltar aos grandes palcos, terminar meu disco e continuar tocando até não poder mais.
Tiago.
Eu tenho tantos planos para o futuro rsrs. No futuro, quero poder voltar para a China, porque eu comecei um projeto antes da pandemia, e quero poder voltar para concluir esse projeto. Mas antes de voltar, quero deixar um legado aqui na Tailândia, principalmente para a nossa comunidade brasileira.
Quero muito poder fazer vários eventos, reunir o pessoal e quando chegar a minha hora de ir, quero poder olhar para a nossa comunidade brasileira aqui na Tailândia e dizer, vocês são maravilhosos.
Eu tenho um sonho que. realmente gostaria de realizar. Gostaria muito de abrir uma escola para pessoas carentes, Totalmente de graça, pois foi assim que eu comecei a estudar, e eu sou muito grato por isso. E sei que mais cedo ou mais tarde eu irei devolver essa oportunidade que eu tive quando criança, para alguém. Então realmente é conseguir ter esse projeto de arte voltado para a comunidade.

FABÃO
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