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O luto da Transição

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Foto do Canva.com


Começar a vida em um novo país normalmente vem acompanhada de um coquetel de emoções: excitação, nervosismo, medo, alegria, esperança, entre muitas outras. Quem já passou por uma transição como essa sabe bem do que estou falando.

Todos temos motivos diferentes, um novo trabalho, acompanhar a família, buscar novas descobertas, reconectar-se consigo mesmo, expandir horizontes, fazer um trabalho voluntário, entre outros. Mas sabemos que, independentemente da razão, todos passamos por um momento de luto ao começar esse novo processo.

O luto é algo natural em qualquer transição: mudar de país, perder alguém querido, despedir-se de um animal de estimação, trocar de emprego, encerrar um relacionamento, enfrentar uma mudança de saúde ou até reprovar em um curso.


É deixar o conhecido para começar o novo. É dizer adeus a uma parte de si para que outra possa nascer.

Toda escolha traz ganhos e perdas.

Muitos veem esse processo como algo difícil, evitam passar por ele, ou acreditam que não precisam, ou que não vão dar conta. Mas a verdade é que o que não enfrentamos, acaba nos enfrentando.


As emoções não desaparecem simplesmente. Elas encontram um lugar para ficar, porque têm uma mensagem a nos entregar. Podem permanecer escondidas e, de repente, aparecer num momento inesperado, ou até se manifestar em forma de doenças no corpo. (Você pode compreender o que essa emoção está tentando dizer observando onde ela se manifesta no corpo. Uma opção de leitura sobre este assunto seria A Linguagem do Corpo, de Cristina Cairo).


O luto tem cinco fases, popularizadas pela psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross (algumas pessoas dizem que são sete, se incluirmos o que vem depois da aceitação: reconstrução e esperança), e elas variam de pessoa para pessoa, de acordo com a experiência vivida.

Não existe uma fórmula única. As fases podem acontecer em ordem diferente, ou nem todas serem sentidas, mas geralmente elas se manifestam.

As 5 fases são: Negação, Raiva, Barganha, Depressão e Aceitação.


Algumas manifestações são comuns durante o luto:

  • Emocionais: tristeza, raiva, culpa, ansiedade, medo, desamparo, solidão e, às vezes, até alívio.

  • Físicas: dores de cabeça, náuseas, alterações no apetite, insônia, fadiga, fraqueza e baixa imunidade.

  • Cognitivas: dificuldade de concentração, lapsos de memória, descrença e pensamentos obsessivos.

  • Comportamentais: agitação, isolamento, busca por pertences da pessoa ou recusa em fazer coisas que lembrem a perda.


As perdas ou mudanças nunca são fáceis, mas nada na vida é constante. A única certeza que temos é que tudo está em transformação.

O luto é para ser vivido.

O luto nos transforma.

O luto nos recria, nos ressignifica.


Ele revela o que precisamos ver, para que possamos seguir adiante mais conectados com o que realmente queremos, mais alinhados com o nosso propósito e mais em paz com as nossas escolhas.


Obs.: Lembre-se de que, em um processo de luto, se necessário, busque o apoio de profissionais que possam acompanhá-lo(a) com cuidado e sensibilidade. Ter um espaço seguro para expressar o que sente, com suporte, acolhimento e privacidade, pode tornar esse momento mais leve e transformador. Você não está sozinho, e não precisa atravessar isso sozinho.

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Claudia Gomes

Formada em Administração de Empresas, foi Diretora de Desenvolvimento de Negócios e Vendas na área de Turismo com vasta experiência global, hoje é Diretora da BTCC Social e Coach Profissional de Liderança e Transformacional há 7 anos. Contribui com a Aquarela escrevendo sobre desenvolvimento pessoal. www.claudiagomes.coach 

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