Inteligência emocional contribui para estarmos “Zen”
- Claudia Gomes

- 14 de nov. de 2024
- 3 min de leitura

Como coach, eu sei o quanto as pessoas têm dificuldade de entrar no estado “Zen”.
Tenho que dizer que, mesmo tendo estudado por mais de 25 anos sobre como conseguir manter este estado, ainda vejo meu lado humano, que está em constante evolução, dificultando parte desse processo.
Existem muitos métodos, meditações, livros, websites, professores, etc que nos ajudam nessa busca. Porém, porquê, mesmo com tantos recursos, muitas vezes nos sentimos incapazes de alcançar essa paz e tranquilidade?
Hoje vivemos em um mundo onde as coisas acontecem. Temos muitas informações, muita pressa, emoções não aceitas, conflitos que estão em nossas mentes, relacionamentos que parecem difíceis de lidar.
Pude perceber que muitos de nós não tivemos uma educação que nos ajudasse a conhecer-nos profundamente ou que nos mostrasse como trabalhar nossa inteligência emocional.
Nossas escolas eram focadas no desenvolvimento de competências práticas, lógicas, cognitivas, que nos preparassem para um futuro no trabalho.
A inteligência emocional é o principal fator para manter nosso estado “Zen” constante.
É ela que nos mostra quem somos, porquê agimos como agimos e como reconhecemos e trabalhamos nossas emoções (como expressamos o que pensamos, como podemos ter conversas difíceis com intuito de resolução de conflitos, como desenvolvemos presença social ativa, com humilde e ao mesmo tempo confiança das nossas capacidades, como cuidamos de nós mesmos, estabelecendo barreiras saudáveis). Além disso nos ensina a evitar negativismos desnecessários, a ser resiliente diante das situações que a vida nos proporciona, a transformar dificuldades em ensinamentos, fazendo com que aprendamos a lidar com qualquer tipo de pessoa (sem abalar nosso sistema nervoso).
É ver a vida como uma escola, graduando-se a cada fase conquistada. É saber que mesmo as coisas estando difíceis, temos capacidade de superar essa fase.
Este tipo de inteligência é algo que deveriamos ter desenvolvido desde pequenos e, como sabemos, não foi bem assim. Acabamos desenvolvendo isso durante a vida adulta. Muitos de nossos pais não tinham esse conhecimento para passar adiante; e seus pais também não tiveram..
O termo Inteligência Emocional, como conhecemos hoje, foi usado pela primeira vez em 1990 apenas (pelos pesquisadores Peter Salovey e John D. Mayer, na revista Imagination, Cognition and Personality).
Hoje em dia, as novas gerações já estão praticando e aprendendo nas escolas. No trabalho virou algo imprescindivel no momento das contratações. A importância de possuir essa aptidão está mais clara, mais consciente, mais visível no nosso dia-à-dia.
Mas aqui cabem as perguntas, por que as pessoas não estudam inteligência emocional? Por que com toda a informação que está disponível ainda tem pessoas que estão sofrendo emocionalmente?
Não é fácil se abrir, se conhecer mais profundamente, enfrentar traumas e ter mais consciência das nossas atitudes, responsabilidades e decisões.
Culpar os outros, buscar respostas externas, dar a responsabilide das nossas emoções à outras pessoas ainda são atitudes muito usadas quando não queremos lidar com os nossos conflitos internos.
Enfrentar com nossas crenças, traumas, problemas familiares, fidelidades, culpas, vergonhas, sexualidade, a aceitação de sermos quem somos, pode supor um obstáculo para o amadurecimento da nossa Inteligência Emocional.
Estar ”Zen” é viver no presente, alinhado com quem e o que somos. É estar conectado consigo mesmo. É saber nossos valores, limites e necessidades, e permitir ao outro o mesmo, sem julgamentos, sem atritos, com amor e compaixão.
Vamos sempre lembrar que tudo se aprende. Inteligência Emocional se aprende. E todos temos a capacidade de termos uma vida mais tranquila se nos permitirmos.

Claudia Gomes
Formada em Administração de Empresas, foi Diretora de Desenvolvimento de Negócios e Vendas na área de Turismo com vasta experiência global, hoje é Diretora da BTCC Social e Coach Profissional de Liderança e Transformacional há 7 anos. Contribui com a Aquarela escrevendo sobre desenvolvimento pessoal. www.claudiagomes.coach









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